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Tsukiji, o Mercado de Peixe em Tóquio. Referência mundial.

Este é um dos mercados de peixe mais famosos do mundo, onde é possível assistir aos leilões das grandes carcaças de atum (maguru) que saem de aqui para os melhores restaurantes de sushi do Japão, visitar a azáfama dos vendedores de peixe e mariscos, comprar todo o tipo de utensílios e alimentos... e ainda, tomar um pequeno-almoço de sushi fresquíssimo...

O mercado data do século XIX e é composto por duas zonas, uma interior mais moderna e com zonas de venda atualizadas e a zona exterior, caótica, cheia de gente e muito animada. Realmente o mercado divide-se em 7 áreas, cada uma com a sua função e atrativo. As mais visitadas pelos turistas são a zona exterior com mais de 400 lojas e a zona Monzeki, conhecida como a área de entrada do peixe, com cerca de 100 lojas típicas. Provavelmente esta será a última vez que eu veja o Tsukiji neste sítio, já que está previsto - até ao final do ano 2017 -, a mudança do mercado para uma ilha artificial elaborada especialmente para este fim.

Yakitori: as famosas espetadinhas japonesas. Blog de Viagens e Gastronomia Portugal

Yakitori: as famosas espetadinhas japonesas.

A visita ao mercado de Tsujiki é obrigatória para o gourmand que viaje a Tóquio. É preciso vir com fome para se poder provar de tudo um pouco. Existem mil e uma possibilidades gastronómicas, desde famosos restaurantes de sushi, vendedores ambulantes que oferecem pequenos baldes com sushi variado, ouriços do mar grelhados, ostras, frutas, omeletes de ovo, etc... Escondido dos olhares dos turistas encontrei o café Kissa Mako, estabelecimento com mais de 50 anos, dirigido pela Sra. Mako, uma octogenária de Quioto. Para lá chegar é preciso encontrar um beco apertado na rua Shin-Ohashi e subir umas escadinhas íngremes... a especialidade é um batido revigorante de gemas de ovo, gelo e mel.

Ameijoas japonesas. Avenida Chique. Blog de Gastronomia e Viagens Portugal Japão

E que tal umas ameijoas japonesas grelhadas com alho?

Aqui é um bom sítio para comprar chá verde, utensílios de cozinha, catanas, peixe seco, caixas bento (lancheiras típicas japonesas) e artesanato relacionado com a gastronomia. Encontrei legumes e verduras exóticas, muito difíceis de encontrar em Portugal, e fiquei muito contente por poder ver, por primeira vez, a raíz de wasabi fresca...

Raíz de Wasabi fresca, no mercado Tsukiji. Avenida Chique, Blog de Viagens e Gastronomia.

Raíz de Wasabi fresca.

O mercado de peixe Tsukiji é especialista mundial na venda e distribuição das carcaças de atum (maguro) que chegam de zonas geográficas bem distantes... Nova Zelândia ou Atlântico Norte... O Japão é um dos maiores consumidores de atum no mundo. Segundo os números que li num folheto informativo, atualmente pescam-se 1,7 milhões de toneladas de atum por ano e 30% desta pesca é consumida no Japão, sendo o formato sushi (80%) o mais apreciado. As carcaças são congeladas nos barcos no momento da pesca a 60 graus negativos, por isso, quando são vendidas no mercado, teoricamente já não correm o risco conter Anisakis.

Na zona para grossistas do mercado Tsukiji é onde se comercializam todo o tipo de peixe, com proveniências diversificadas. Para quem é restaurateur ou chef, vir a esta parte do mercado é quase como visitar um templo. As carcaças dos peixes podem ser observadas (é difícil encontrar um sítio no mundo com maior variedade) e é muito curioso assistir à venda ruidosa como nas lotas. Os peixeiros maioristas envergando uns macacões azul-escuros e bonés com letreiros, gritam o nome do produto e o valor e usam vozes ensaiadas, de forma a poder-se distinguir da concorrência.

Peixe seco à venda em Tsukiji

Peixe seco à venda em Tsukiji

Em todo o lado é preciso ter cuidado com as máquinas empilhadoras que circulam, numa azáfama frenética, levando e trazendo mercadoria. As empilhadoras começaram a circular no mercado em 1965 e atualmente existem cerca de 3.000. A partir das 9 da manhã quando começam a chegar centenas e centenas de turistas, há zonas do mercado que se tornam muito difíceis de circular. Porém, ao contrário de outros mercados no mundo, aqui as pessoas dificilmente se empurram e nem é preciso ter grande cuidado com as carteiras, porque a taxa de criminalidade e roubos é bastante baixa.

A maior parte das lojinhas são familiares e é frequente ver casais de alguma idade a gerir os estabelecimentos e na companhia da segunda ou da terceira geração. Estive num restaurantezinho de sushi, o Sushibun, de 1849, que está na família há muitas gerações e é atualmente gerido por mãe e filha, duas senhoras muito simpáticas (mas sem falar pingo de inglês).

Leilão de Atum

Para assistir aos famosos leilões de Maguro é preciso levantar-se cedo. Muito cedo. Tipo três da manhã, cedo. Depois, é preciso ser-se dos primeiros a chegar ao lugar dos leilões. Só os primeiros 60 entram, os restantes ficam de fora, sem pestanejar. Os primeiros leilões começam por volta das 5 da manhã. O turista que assiste não pode aproximar-se das carcaças de atum, tem que ficar sentadinho e em silêncio na bancada. Só se podem tirar fotografias sem flash e não se pode comer e beber. Mas nem sempre foi assim.

As regras do jogo terão mudado nos últimos anos, porque ainda me lembro de ler descrições bem diferentes dos lendários leilões de atum de Tsukiji. Parece que (história contada pela nossa guia) os turistas chineses começaram a invadir estes leilões, gente, confusão, falta de modos e a cuspir para o chão... os japoneses não acharam piada nenhuma (nem os senhores da ASAE, se por lá andassem) e resolveram cortar o mal pela raiz. Agora só entram os primeiros 60 e ponto.

Eu achei que três da manhã, era um bocadinho exagerado e por isso só lá fui às 8 da manhã... Não vi nada dos leilões, mas ao menos, visitei o mercado em todo o seu esplendor.... e adorei!!!

(Faça click nas imagens para ver em formato completo)

さようなら Sayōnara, Adeus !

Créditos Fotográficos: Avenida Chique

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