Bovino: a essência da carne. A nova Steakhouse na Quinta do Lago.

No próximo dia 1 de Junho abre um novo espaço social e de restauração na Quinta do Lago. Chama-se Bovino e é uma belíssima steakhouse. Esta semana fui convidada à pré-abertura do restaurante onde tirei fotografias à cuidada decoração interior e à arquitetura renovada do edifício e aos seus jardins e naturalmente, provei a saborosa carne irlandesa. Venha comigo descobrir, em primeira mão, este novo espaço que promete ser um dos restaurantes mais visitados deste Verão.

No dicionário da Língua Portuguesa, Bovino é um adjetivo “do boi ou a ele relativo”. Melhor nome não poderia ter sido escolhido para designar esta steakhouse que oferece uma cuidada seleção de carne de origem irlandesa, proveniente da verde região de Cahir em Tipperary. Trata-se de uma zona de produção muito apreciada, de água fresca e relva viçosa que aportam vitaminas e nutrientes à carne. Os lombinhos e entrecotes são madurados entre 28 e 35 dias, para realçar todo o seu sabor e um conseguir uma textura suave como manteiga Esta seria, portanto, uma razão mais que suficiente para visitar, e voltar sempre, a este restaurante. Mas há mais razões. Primeiro, um serviço de qualidade com um staff motivado e atento a todos os detalhes. Segundo, a beleza dos espaços interior e exterior, que nos cativa desde o primeiro momento.

Acabado de chegar de Londres, o Chef Gilles Dumont e a sua equipa, desdobram-se em cuidados para preparar à perfeição o menu da festa de pré-inauguração. Já serviram uns deliciosos canapés e borbulhinhas de champanhe no jardim de entrada, ao lado da piscina infinito de linhas retas e fundo verde-jade, que abre o horizonte a uma panorâmica sobre os pinheiros da Quinta do Lago, as linhas de água da Ria Formosa e o Oceano Atlântico. A renovação do antigo "Casa Velha", foi realizada pelo gabinete Essencia Architects e lembra agora, uma casa de herdade algarvia, caiada a branca e com friso pintado a vermelho-coral. Ninguém diria que nesta casa que data da primeira metado do século XX, já funcionou um dos lugares noturnos mais badalados da década de 90, o club O Pátio. As recordações desses dias guardam-se apenas nas memórias de quem por ali se divertiu, pois hoje, o espaço está irreconhecível. Existem certos detalhes que revelam influências mouriscas e até andaluzas, como o revestimento em azulejo das escadarias ou uma fonte de água fresca que canta num dos pátios interiores.

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o bovino, uma deliciosa e interessante emulsão

de beringela fumada, pimentos assados

com alho, azeite e especiarias.

Os convidados são depois conduzidos aos diferentes espaços interiores do restaurante: uma atmosfera colonial e diáfana que se estende por várias salas e áreas interligadas. A decoração foi assinada por Lázaro Rosa-Violan, que imprimiu ao espaço o seu conhecido estilo eclético, tons quentes, alma colonial e peças vintage. Uma nostálgica coleção de frascos de farmácia antigos alinham-se na receção e no bar. O charme das lareiras acesas, um piano vermelho de teclas amareladas, as diferentes poltronas em couro bordeaux e verde, as paredes em madeira, as cabeças dos troféus de caça, as garrafeiras iluminadas em formato de espinha de peixe, aportam a este espaço uma interessante mescla entre o british club e o bistrot francês. Encontram-se também influências andaluzas, como os azulejos que recobrem certas colunas e os pavimentos. Estamos num espaço moderno, acabadinho de estrear, mas curiosamente a decoração dá-nos a impressão de que cada peça tem uma história, uma vivência que é preciso descobrir.

Servem-nos agora a entrada, um ceviche de peixe branco em sumo de cítricos e cebola roxa, prato frio de inspiração peruana indicado para refrescar esta noite quente algarvia. Vou depois explorar a garrafeira, onde se alinham mais de 250 referências de vinhos nacionais e internacionais e algumas barricas da Herdade da Malhadinha. Descubro umas pequenas joias vínicas: um tinto Pêra Manca de 2010, um Cem Reis da Herdade da Maroteira, um americano L’Aventure de Optimus Estate, um francês Petrus Pomerol de 2011, e atenção, duas garrafas, da Quinta da Bacalhoa de 1984! O paraíso de Bachus!

Volto à mesa para provar o prato principal, um entrecôte irlandês servido com tomate grelhado e diferentes complementos: “mac & cheese”, espinafres salteados ou batatas fritas. Da sugestão de molhos pimenta, maitre d’hotel, entre outros, escolho o bovino, uma deliciosa e interessante emulsão de beringela fumada, pimentos assados com alho, azeite e especiarias.

Depois do jantar, que ainda incluiu um decadente brownie de chocolate e a frescura da tarte de lima e merengue para os mais gulosos, fomos desfrutar do extasiante aroma da noite algarvia num dos jardins exteriores, decorado com curiosos cadeirões em vime branco e azul-turquesa, bonsais de oliveiras centenárias e profusa vegetação. Se tiver oportunidade, não deixe provar este restaurante de carnes, o steakhouse Bovino na Quinta do Lago, certamente uma experiência gastronómica a não perder. E ainda não abriu e já é dos meus favoritos!

Mais informação, direção e contatos para reserva:

Steakhouse Bovino (antigo restaurante Casa Velha),

Estrada Quinta do Lago, (sair na rotunda nº6), 8135-106 Almancil

Tel. (+351) 289 007 863