Viet Hai: Uma ilha perdida no tempo e descoberta em bicicleta!
Hoje visitámos uma ilha habitada, Viet Hai, com reserva natural e plantações ecológicas de arroz. Os 10 km entre o porto e aldeia, são feitos em bicicleta por entre arrozais onde pastam placidamente uns búfalos de pele azulada.
Nas laterais do caminho encontramos cabras penduradas nas rochas altas a pastar o verde, as cigarras fazem um ruído ensurdecedor.
A aldeia de Viet Hai, composta por 15 a 20 casas rudimentares, todas com as portas abertas e as pessoas sentadas nos degraus ou em pequenos banquinhos, absortos nas suas lides diárias. Esta aldeia está perdida no tempo, aqui o mundo moderno ainda não chegou.
As criança vêm ao nosso encontro, tocam-nos as roupas e a cara, para elas somos exóticos.
Ao contrário da aldeia de Vung Vieng aqui as casas são sólidas, maiores e com divisões. Têm móveis orientais de madeira escura, cadeirões muito grandes que lembram tronos.
O que vemos dentro das casas contrasta com o exterior, em terra batida, onde as galinhas, cabras e cães correm livremente e as pessoas estão sentadas em banquetas de plástico e com roupas muito humildes.
Nesta aldeia vivem cerca de 30 famílias que subsistem da agricultura e da pesca. No final do povo existe um pequeno bar-restaurante, que consiste numa barra com quatro coca-colas e uma arca com gelados. As mesas e as cadeiras são de plástico vermelho, ao lado corre um rio e duas mulheres lavam e depenam várias galinhas.
Parte da aventura é o estado das bicicletas, algumas sem travões ou com os pneus sem ar, as correias a saltarem.... mas pode-se sair de todas as vicissitudes nesta vida... Assim terminamos com as pernas cheias de óleo das correias, a cara vermelha do esforço, mas com a memória cheia de imagens novas, sorrisos, o cheiro dos arrozais e os ouvidos mimados pelo cantar das cigarras.
E este é o nosso adeus a Vietname, amanhã já estaremos de volta aos aeroportos... e ao bulício de Lisboa...