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Baía de Halong. Cruzeiros com charme francês


Na Baía de Halong oferecem-se cruzeiros em barcos de madeira, réplicas dos barcos franceses do século XIX. Como se não bastasse apreciar a beleza cénica das 1.600 ilhas e ilhotes de pedra calcária cobertos de verde, durante o cruzeiro pode-se explorar grutas, cavernas, fazer excursões em bicicletas por arrozais e descobrir aldeias perdidas, como a de Viet Hai ou aldeias flutuantes como a de Vung Vieng. A Baía foi declarada Património Mundial da UNESCO em 1993.

Fazemos o pequeno cruzeiro de três dias num navio Au Co. O interior do barco e os pequenos camarotes são em madeira escura, cheira a óleo de cedro e jasmim. Há pequenos detalhes decorativos como velas, orquídeas e na entrada um sofá de seda vermelha ao lado da varanda para observar a poesia da paisagem, os ilhotes, as grutas, o nevoeiro e a chuva de Halong Bay. Ao chegar o crepúsculo, o sol esconde-se por detrás das ilhas, transformando-as em recortes de luz e sombra

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De manhã visitamos a aldeia flutuante de Vung Vieng perdida em Halong Bay, onde cerca de 40 famílias vivem em casas-barco. A simplicidade e a beleza da existência desta comunidades reduz-se a uma casa com 10 metros quadrados, onde num mesmo quarto convivem até três gerações. Vivem da pesca e agora com os turistas que visitam a aldeia, ganham algum dinheiro com as excursões de barco e de kaiack.

Respira-se tranquilidade enquanto o pequeno barco a remos, vai sulcando as águas da baia. Rema uma pequena vietnamita de 50 anos com uma força incrível. Leva o barco com quatro pessoas durante quase uma hora sem sinais de cansaço e depois de acabar esta excursão, provavelmente continuará com outros turistas.

Nas casinhas pintadas de azul têm as roupas penduradas em varões, os tachos e os pratos acabados de lavar na água da baía a secar ao sol. Muitas famílias têm o seu barco ancorado ao lado da casa e assim ampliam a extensão do seu domínio flutuante. Algumas casas têm cães e gatos. É difícil tirar a lente europeia e olhar para estes animais da mesma forma que um Vietnamita. Criam cães como nós criamos galinhas, têm-lhes carinho, mas o propósito do animal é o abate para o consumo familiar. Nas varandas das casas há criancinhas a brincar, idosos a fazer a sesta, pescadores a consertar redes, mulheres a lavar a roupa. A nossa remadora vai cumprimentando alguns deles, com outros entabula conversas completas, mas sem a tradução do guia é difícil perceber sobre o que falam.

Para quem vem da Europa, tomar contato com esta realidade é pura inspiração. É impossível estar em Vung Vieng e não perguntar-se pelo sentido da vida. Estamos perdidos da civilização, as pessoas têm um modo de vida simples e possuem muito pouco. São eremitas do mar, vivem numa pequena comunidade.

Há casas-barco onde não vive ninguém, são uma espécie de club recreativo, uma tem uma mesa gigante, talvez para acolher reuniões familiares ou de vizinhos, uma outra tem um velho bilhar onde jogam dois jovens adolescentes, outra parece um café e as pessoas sentam-se cá fora, conversam e fumam. As casas têm eletricidade, provida por pequenos geradores ou pelos motores dos barcos e água potável é abastecida por um navio que vende bidões e passa uma vez por mês.

Em Vung Vieng as portas e as janelas estão escancaradas, é fácil coscuvilhar por dentro. Descobrimos com surpresa que existe televisão e aparelhagem. Há redes onde dormem crianças, vasos de plantas suspensos do teto, mas essencialmente existe a paz e o silêncio.

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