Louis Vuitton apresenta a nova “it-bag” do Outono/Inverno 2014, a "Petite-Malle"
Louis Vuitton é considerada casa real das malas e bolsos. E não é só pelas "fashionistas". A maior parte das pessoas que tem algum tipo de sensibilidade para a moda, seja homem ou mulher, tem no armário alguma mala, bolsinho ou cinto com o monograma “LV”.
S.W. O monograma “LV” é o mais desejado em todo o mundo e a febre faz vítimas tanto em Lisboa, São Paulo, Londres, Moscovo, Nova Iorque ou Tóquio.
Quem pode comprar as malas originais, trata delas como se fossem um tesouro. Valem bastante dinheiro e são realmente obras de arte, que valorizam com os anos.
E quem não pode comprar o último modelo, por vezes compra em lojas vintage ou em lojas online uma boa carteira em segunda mão. Como a pele e os apliques são de altíssima qualidade, duram anos e anos sem riscos ou deformações.
No entanto, os produtos deste Império do Luxo são também os mais copiados de sempre. Em qualquer mercado ou feira é possível conseguir imitações de melhor ou menor qualidade. Em Portugal, são célebres as Louis Vuitton que se podiam comprar no mercado de Carcavelos, mas a nossa querida “ASAE” tratou da situação. Talvez já não em Carcavelos, mas em qualquer rua da baixa de Lisboa ou Porto é possível ver comprar uma imitação barata das malas “Louis Vuitton”.
Mas até nas imitações há diferenças. As de Carcavelos, ficam a anos luz das imitações de qualidade que se podem conseguir em certos sítios do mundo. Há quem viaje de propósito aos mercados alternativos de contrafação de Nova Iorque, Turquia, Dubai ou Tailândia para comprar peças que são tão parecidas com as originais, que só um verdadeiro conhecedor poderia identificar se são ou não reais. Os preços não são baratos, mas continuam a ser muito mais económicos que o original. Por exemplo, para uma mala "LV" que custa originalmente 2.500€, pode-se encontrar uma boa imitação por 300€ ou 400€.
Este fenómeno, para além de ser ilegal e ser uma falta de respeito aos direitos de autor, traz muito prejuízo às marcas. Primeiro, porque parte do segmento de mercado que poderia comprar os produtos de luxo, acaba por sucumbir à tentação de comprar nos mercados de contrafação (em vez de uma, compra duas ou três). E por outro, porque o segmento de mercado que realmente compra as malas e produtos de luxo exclusivos, detesta ver que todas as demais pessoas na rua usam precisamente o mesmo. O mercado de luxo é assim de caprichoso. Ninguém usa os modelos que se vendem nas ruas. Ao contrário, mesmo quando as malas são originais, a globalização é tão grande que já não faz sentido usar como acessório diferenciador, uma peça que apenas massifica.
O que aconteceu é que as compradoras fiéis de Louis Vuitton começaram a afastar-se da marca e apostar em outras “ainda” mais exclusivas, ou pelo menos não tão globalizadas. Para contrapesar esta situação, a Louis Vuitton principiou por apostar no desenho de modelos mais exclusivos, com detalhes cada vez mais especiais, metais preciosos, pele com gravados, de forma a que estes “imitadores de qualidade” tivessem a vida cada vez mais complicada.
Esta fórmula está a resultar. O segmento de mercado de luxo voltou em força à Louis Vuitton. Certo é que ninguém quer usar os modelos simples que se vendem nas ruas, ao contrário, quanto mais exclusivo e limitada for a produção da mala, melhor. E as vendas vão de vento em popa.
O último modelo a ser adicionado à coleção de malas exclusivas e altamente desejadas é a "Petite-Malle". Trata-se de uma homenagem à história da casa que começou precisamente por fazer malas de viagem e depois foi aperfeiçoando a técnica para chegar à pequena marroquinaria e acessórios. A "Petite-Malle" é precisamente uma malinha quadrada e pequenina, como se fosse um pequeno "necessaire" e pode ser usada no ombro com corrente ou na mão como "clutch".
Vem em diversos materiais, mas a novidade é um modelo metálico, em cor prata e detalhes em ouro e que vem protegido com uma capinha de pele com monograma de pôr e tirar. Assim, pode-se usar de dia e também em eventos mais especiais. O preço está perto dos 3.700€.
A "Petite-Malle" é o grande trunfo de Nicolas Ghesquière, o novo diretor artístico da marca, que sucede agora a Marc Jacobs. Para além da mala, a "Petite-Malle" existe também versão jóia. Provavelmente outro objeto de desejo para o exército de seguidoras da "Louis Vuitton".
O que é que vos parece? É ou não adorável? De certeza que com uma malinha destas na mão, toda a gente ia virar a cabeça....