Japão: Memórias de uma Viagem ao País do Sol Nascente
A Primavera é uma das estações do ano mais adequada para visitar o Japão. Há um frenesi nacional pelo sakura zensen, o florescer das cerejeiras que avançam por todo o território desde as ilhas subtropicais de Okinawa até à zona mais a norte, as ilhas de Hokkaido. Não devemos esquecer que o Japão é um arquipélago composto por mais de três mil ilhas naturais e algumas ilhas e penínsulas artificiais criadas devido à escassez e preço do terreno... se contarmos todas, todas, grandes e pequenas, habitadas e desabitadas, o arquipélago soma mais de seis mil ilhas e ilhotas... A maioria dos 127 milhões de japoneses concentra-se em zonas de alta densidade populacional na costa do Pacífico, entre Tóquio e Kyusho.
Maratona de posts sobre o Japão. Dois diários durante dez dias
O que é bom acaba rápido! Já estou de volta e aqui ficam as minhas primeiras impressões escritas durante as loooongas horas de voo... Nos próximos 10 dias comprometo-me a publicar as histórias da minha viagem ao Japão... e porque há muito para contar, espere, pelo menos, dois posts diários. Aqui fica, em jeito de crónica, uma antevisão das narrativas nipónicas no Avenida Chique... Viajamos juntos?
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O Japão: um país de contrastes
Atordoa a composição quase esquizofrénica entre o moderno e o tradicional, o novo e o velho, o sagrado e o pagão, o supérfluo e o indispensável. É o país do silêncio, da essência e sabedoria Zen, das cerejeiras em flor, dos jardins e templos sagrados, da beleza atemporal das geishas. Mas também é o país dos hotéis cápsula, dos bairros futuristas e forrados a néon, do ritmo alucinante das cidades, das noites de karaoke, do cosplay (vestir-se como um herói de banda desenhada), do kawaii (o estranho culto do fofinho), da anime, manga ou do hentai (animação em formato jogo, filme ou banda desenhada com ou sem conteúdo sexual).
É o país da serenidade e também do bizarro. Ou conhecem algum sítio onde seja possível comprar cuecas usadas de mulher numa máquina automática, ou alugar uma noite de hotel com boneca insuflável incluída? É um país que avança no tempo, ponteiro no uso tecnológico, mas que se debate com problemas sérios como o envelhecimento da população.
Dizem os guias turísticos que numa viagem ao Japão, o turista ocidental deve ir revisando sucessivamente as suas expetativas. É certo, a realidade deu-me a volta uma série de vezes, encantou-me, decepcionou-me voltou-me a encantar. Voltaria agora mesmo, sem pensar duas vezes...
Nestes sete dias vivi tantas experiências e momentos especiais que tenho a incrível sensação que passaram dois meses... Osaka, Nara, Quioto, Tóquio... Volto cansada no corpo mas reconfortada na alma. Vivi até à exaustão, aproveitei cada minuto e inspirei por todos os poros a essência deste país fabuloso...
As visitas aos templos inspiraram-me, em especial aos templos budistas e shintoístas de Nara e Quioto. Adorei as experiências tradicionais da cultura japonesa em Quioto: participei numa cerimónia de chá com uma gueisha, aprendi caligrafia com uma mestre, amassei bolinhos de arroz num ritual folclórico... vesti um quimono e deslumbrei-me pela primeira vez com um baile efetuado por gueishas autênticas...
Os meus padrões do bizarro foram renegociados em Tóquio, na carnavalesca rua Takeshita ou no almoço psicadélico no Kawaii Monster Cafe... Amei a noite de Tóquio, especialmente os cocktails e o Jazz ao vivo no bar New York no andar 49 do Park Hyatt, cenário do filme "Lost in Translation" com uma vista incrível sobre as luzes da cidade... comi numa taberna japonesa que inspirou a Quentin Tarantino para algumas cenas de "Kill Bill"e senti-me como "O último Imperador" ao presenciar uma cerimónia religiosa shintoísta...
Nos próximos dias apresentarei por aqui as memórias desta viagem maravilha às quais está a ser tão difícil dizer adeus. O que mais detesto de uma viagem é o desfazer das malas... é aí que se cristaliza o momento de corte com esse mundo visitado e que por breves instantes foi também o meu...
Quando se volta à Europa sente-se saudade de muitas coisas, dos sabores, das paisagens, das pessoas... e especialmente da educação e do civismo japonês. Nestas primeiras horas apanhei-me em algumas ocasiões a fazer reverência à japonesa... a desejar ordem e a limpeza na rua... e o paladar a pedir wasabi e sushi...
さようなら Sayōnara, Adeus !
Créditos Fotográficos: Avenida Chique
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